Você já está por dentro da nova Resolução nº 4.966 do Conselho Monetário Nacional (CMN)? A mudança, que entrou em vigor em 2025, traz impactos significativos, principalmente para instituições financeiras e empresas de médio e grande porte. Ela substitui a antiga Resolução nº 2.682/1999 e representa um avanço importante na regulação das práticas contábeis e de gestão de riscos no Brasil.
Neste artigo, explicamos de forma clara o que muda, por que muda e como isso pode afetar sua empresa.
O que diz a Resolução CMN nº 4.966?
De acordo com o texto oficial publicado pelo CMN, a nova norma:
“Dispõe sobre os conceitos e os critérios contábeis aplicáveis a instrumentos financeiros, bem como para a designação e o reconhecimento das relações de proteção (contabilidade de hedge) pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.”
Na prática, isso significa um alinhamento às normas internacionais de contabilidade e governança, reforçando a transparência, a gestão de riscos e a integridade nas operações financeiras. O objetivo é tornar o ambiente de negócios mais seguro, previsível e estruturado.
Principais mudanças trazidas pela Resolução 4.966
Substituição do modelo anterior de PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) –Antes, os critérios se baseavam exclusivamente em eventos passados para classificar a carteira de crédito. Agora, é necessário adotar uma abordagem prospectiva, considerando fatores macroeconômicos, como:
- Taxas de desemprego
- Inflação
- Juros futuros
Impairment – Modelo de perda esperada em três estágios. O novo modelo exige que as instituições avaliem o risco de crédito de forma contínua, e não apenas após a ocorrência de perdas objetivas.
Classificação e mensuração de ativos financeiros – Os ativos passam a ser classificados em três categorias:
- Custo amortizado
- Valor justo por outros resultados abrangentes (VJORA)
- Valor justo por resultado (VJR)
Contabilidade de hedge (Hedge Accounting) – A norma traz critérios mais claros para a qualificação e contabilização de operações de proteção (hedge), o que melhora a representação dos efeitos econômicos dessas estratégias nos demonstrativos contábeis.
Como isso impacta sua empresa?
Empresas – especialmente as que operam com instrumentos financeiros complexos ou com exposição a riscos de crédito – precisarão investir em sistemas mais robustos de análise, modelagem e reporte de riscos.
Essas mudanças não são apenas técnicas, elas impactam decisões estratégicas, exigem maior transparência com stakeholders e aumentam a responsabilidade dos gestores quanto à solidez da empresa frente a riscos financeiros.
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